O Nacional Futebol Clube completa hoje segunda-feira, dia 13 de janeiro, 101 anos de existência, com 41 títulos conquistados no futebol amazonense, sendo 18 no amadorismo e 23 no profissional. É o primeiro time do hexa-campeão do Amazonas. O Leão foi fundado em 13 de janeiro de 1913, como dissidência do antigo Manaos Sporting Club, e com objetivo de abrir espaço para brasileiros praticarem futebol, em uma época no qual o esporte era quase que exclusividade dos ingleses que viviam na capital amazonense.
Suas cores são o azul e o branco, e seus mascotes são a águia e o leão, este último o mais reconhecido e, por isso, o clube é conhecido pela sua torcida como o "Leão da Vila Municipal", em homenagem ao então bairro da Vila Municipal (atual Adrianópolis), onde fica seu patrimônio social.
É um dos clubes mais tradicionais do Estado de Amazonas, sendo atualmente o recordista em número de títulos estaduais, com mais de 40 conquistas, incluindo um hexacampeonato entre 1976 e 1981. Foi o primeiro clube do Norte do país a disputar a primeira divisão do Campeonato Brasileiro, e é a equipe amazonense que mais disputou essa divisão principal do futebol nacional, tendo disputado um total de 14 edições da competição. Na Copa do Brasil, o Nacional já esteve em várias edições, sendo recordista para equipes locais.
História:
Em pé, começando pela esquerda, está Manoel Fernandes da Silva, conhecido como Fernandinho, fundador do Nacional. Estudou na Inglaterra e foi funcionário federal no estado de Rondônia. Ao lado, Antônio Craveiro, centroavante, foi funcionário do Correios, morreu ainda jovem, com 33 anos, depois que foi acometido de tifo. Segue o moreno José Ernesto e ao seu lado, o juiz do jogo com o uniforme do Manaós Sporting Club (pode-se ver na camisa as iniciais do clube MSC). No canto direito da foto, um pouco mais atrás, um anônimo torcedor elegantemente vestido de braços cruzados.
Na fila da frente, vemos Santos Ferreira e Paulo Melo que era antigo despachante aduaneiro. Sentado segurando a bola está Cícero Costa, zagueiro que chegou a jogar pelo Clube do Remo e que também era excelente violonista. Ele foi o autor de cinco gols no primeiro clássico RioNal, realizado no dia 2 de março de 1914. E para finalizar, Jorge melo e Fausto Paiva.
Conta a história que o Nacional surgiu de uma cisão do Manaós Sporting, que era presidido pelo Dr. Edgar Melo de Freitas. A cisão foi motivada por um desentendimento entre o presidente e o capitão da equipe de futebol, Manoel Fernandes da Silva, o Fernandinho (o primeiro da foto em pé), quando se discutia, em reunião, determinado artigo do estatuto do Manaus Sporting.
Naquela época, o capitão de qualquer time, tinha uma força entre os atletas. Era uma espécie de comandante e Fernandinho fez oposição e logo encontrou apoio de seus companheiros de equipe. O diretor José Marçal dos Anjos, do Manaós Sporting, acompanhou os atletas e aí foi fundado o Nacional, no dia 13 de janeiro de 1913.
A primeira reunião foi realizada na casa nº200, da Avenida Sete de Setembro, ao lado da Prefeitura Municipal de Manaus, e o novo clube ganhou o nome de Eleven Nacional. O professor Cariolano Durand, cunhado do jogador Antônio Craveiro (em pé, o segundo na foto) volta e meia dizia para o Fernandinho:
- Não posso compreender como é que um clube que veda a entrada de qualquer jogador que não seja brasileiro nato, tenha palavra estrangeira no seu próprio nome?
Diante das constantes observações, o nome do clube foi alterado para Onze Nacional.
A primeira sede oficial foi lançada na gestão do Sr. José Amandio Mendes e do Coronel Leopoldo de Mattos, presidente e vice-presidente, respectivamente, e estava localizada na Avenida Epaminondas. A partir de 1930, o Onze Nacional passou a denominar-se Nacional Futebol Clube, mudando-se para a sede da rua Saldanha Marinho, entre a avenida Eduardo Ribeiro e a rua Barroso, onde lá funcionou durante 40 anos.
A Torcida Apaixonaça agradece por esse clube amado existir!
Natan em nome de toda a Torcida Organizada Apaixonaça - T.O.A.P, parabeniza o Nacional Futebol Clube pelos seus 101 Anos...
Bolo da comemoração dos 101 anos do Nacional |
Raízes Cablocas abrilhantaram a Festa |
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